Jornalista diplomado ou não? Eis a questão.
Atualmente
no Brasil, há uma discussão da necessidade do diploma de graduação para ser
jornalista. A Proposta de Emenda
Constitucional (PEC) vem causando divergências de opinião, a qual dispensa o
diploma só para colaboradores e os profissionais que já atuam na área.
Contrários
a PEC apoiam-se a ideia de liberdade de expressão, na qual qualquer cidadão tem
o direito de se expressar. Isso é incontestável,
já que vivemos em um país democrático, onde todos tem o direito de se
manifestarem. Para o relator Gilmar Mendes, o Decreto-Lei 972/69, no qual impôs
o diploma obrigatório, editado durante a ditadura militar, afrontava a
Constituição federal. E por vivemos em uma democracia não há sentido da
obrigatoriedade do diploma de jornalista.
Por
um lado devemos concordar, não é um diploma que garante o bom desempenho de um
profissional, isso se vê em qualquer profissão. Mas não estamos falando de
qualquer profissão. O jornalista ou formador de opinião é considerado o quarto
poder, por poder defender o interesse público e buscar ser um instrumento da
democracia.
Tendo
consciência da importância desse profissional da área de comunicação, o senador
Antônio Carlos Valadares (PSB-SE), afirmou, “exigir formação acadêmica para a
realização de uma atividade profissional específica, sensível e importante como
o jornalismo, não é cercear a liberdade de expressão de alguém”. “É razoável
exigir que as pessoas que prestam à população esse serviço sejam
profissionais graduados, preparados para os desafios de uma atividade tão
sensível e fundamental, que repercute diretamente na vida do cidadão em geral”,
ressaltou ainda segundo o site G1.
O
jornalista deve saber e entender o que acontece em seu país e no mundo, para
informar a população. Sendo assim ele deve ser preparado e conscientizado sobre
o meio, o governo, a cultura e a sociedade em que vive. Uma questão levantada
pelo advogado da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) João Roberto Fontes
nos leva a refletir. “Ora, se não é necessário ter um diploma para exercer um
poder desta envergadura, para que mais será preciso?", questionou.
Ao
analisarmos essa questão percebemos que a comunicação é base de tudo o que
conhecemos, sem ela não dá para imaginar o mundo. Ela pode acabar uma guerra
quanto começa-la. Enfim tanto poder não pode ficar nas mãos de pessoas
despreparadas, se existe graduação para essa área algum motivo tem. Existem
instrumentos e conhecimentos fundamentais para o exercício da profissão que só
encontramos na graduação da área. Concluindo em tudo tem que haver um preparo.
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